sábado, 24 de julho de 2010

Invasões Portuguesas a Banda Oriental (parte 1)

Um episódio da historia do Brasil e do Cone Sul vem a tona com o ano que comemora-se 200 anos de independência da Argentina, que na época era o Vice-Reinado do Prata pertencente a coroa espanhola, e do qual fazia parte também a Banda Oriental, hoje Uruguai. Enquanto o General San Martin, iniciava a luta para a expulsão dos espanhois, no outro lado do rio uruguai, Artigas agia com o mesmo objetivo, venceu a batalha de Las Piedras e encerrou os espanhois em Montevideo. A família Real Portuguesa já estava no Brasil a 2 anos, fugida de Portugual devido a invasão do exercito de Napoleão. Dona Carlota Joaquina era filha do Rei Carlos IV e irmã de Rei Fernando VII da Espanha e com grande ambição de tomar para si o trono espanhol na América e terminar com a rebelião dos americanos convenceu seu marido a enviar um exército para auxiliar o Governador Francisco Javier Elío em Montevideo, último baluarte espanhol no Rio da Prata. Estava a caminho a primeira invasão portuguesa à Banda Oriental em 1811, o Exército Pacificador do Sul comandado por Dom Diogo de Souza governador geral da Capitania do Rio Grande. Este exército tinha o objetivo de combater o de Artigas e os portenhos comandados pelo General Rondeau que vieram em auxilio dos orientais, e que cercavam os espanhois em Montevideo. Entretanto houve um armistício entre a Junta de Buenos Aires e Elío, contra a vontade de Artigas que cruzou com seu exército e seguidores, para a outra banda do Rio Uruguai, episódio conhecido como êxodo do povo oriental. Foi exigida a retirada do Exercito Pacificador do Sul ainda em 1811, porém Dom Diogo de Souza também exigia que, para retirar-se do territorio oriental, Artigas e seu exército fosse desarmado, pois previa o recrudescimento da luta e ameaça ao territorio rio grandense. Elío foi substituído por Gaspar de Vigodet no governo de Montevideo que exigia da Junta portenha ações contra Artigas, em função disto e da resitência de todos ao armistício, as lutas voltaram ao cenário e Artigas novamente passou a ameaçar os espanhois e portugueses, já em janeiro de 1812. Houve várias refregas entre o exercito portugues e o exercito de Artigas em territorio oriental até maio de 1812, porém mais uma vez, com a intervenção dos ingleses, foi assinado o tratado de Rademaker-Herrera, entre a Junta de Buenos Aires, agora Provincias Unidas do Rio da Prata, representada pelo seu secretário Governamental interino Dom Nicolás Herrera e o Reino Português representado pelo Tenente Coronel Juan Rademaker. Em junho de 1812 Dom João VI ordenou a Dom Diogo suspender os combates e retirar-se da Banda Oriental. As consequências da ação do Exercito Pacificador do Sul foram a ampliação da fronteira de Portugal que ficou com o território de Entre Rios entre os Rios Arapey, Quaraí, Ibicuí, afluentes do Uruguai, e dos seus acampamentos na região surgiram as cidades de Alegrete (acampamento de São Diogo) e Bagé (guarda de São Sebastião). Artigas voltou novamente ao cenário do Prata inclusive invadindo o território riograndense, e sucitou uma nova intervenção portuguesa na Banda Oriental em 1816 assunto para a segunda parte. SUGESTÃO E FONTE BIBLIOGRÁFICA: LECOR E A CISPLATINA, 3 VOLUMES, PAULO DE QUEIROZ DUARTE, BIBLIEX, 1984